Poemas...

Poemas...
...nossas vidas não nos pertencem, e o que era biônico ontem é biônico hoje, no Pacote, não de Abril, mas de Janeiro a Dezembro. Mesmo assim tenho que vestir as vestes opacas do Estado, de chorar lágrimas de crocodilo, de fofocar sobre a ascensão de mais uma oligarquia, de ouvir menos Rachimaninov e curtir mais a tal Folia, e o mais cruel de tudo: resignar-me com a soberania do veredicto... (Anderson Costa)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

19.


Às portas fechadas sonego o flerte da oposição,
o são mutualismo de chochos inventários
e os ávidos comícios no revés da ocasião,
pois vou, de mãos atadas, a ser como o vigário,
semblante à mostra por ser da comissão
os simples argumentos e os falsos maus boatos:
o de que, sem demora, põe-me fim ao meu sermão
e nega os habeas-corpus intrínseco aos meus atos.
Sem fim, já findado, derrubam-me os nocautes
provenientes, assiduamente, dos restos vegetais,
dos restos fedorentos de incensos arrabaldes
embora, sem consenso, às bocas não orais,
refuto-me, ó negra sã cor em mim blecaute,
ao tumor ideológico tão vendidos nos jornais.

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