Poemas...

Poemas...
...nossas vidas não nos pertencem, e o que era biônico ontem é biônico hoje, no Pacote, não de Abril, mas de Janeiro a Dezembro. Mesmo assim tenho que vestir as vestes opacas do Estado, de chorar lágrimas de crocodilo, de fofocar sobre a ascensão de mais uma oligarquia, de ouvir menos Rachimaninov e curtir mais a tal Folia, e o mais cruel de tudo: resignar-me com a soberania do veredicto... (Anderson Costa)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

7.


Caem sobre mim a fatalidade das idolatrias
sujando-me as vestes de um colorido opaco,
sem revés, no viés e rezar das marias
a entupir todo o âmago de um maldito orgasmo.
E o então da conclusão já não é de valia
como fora o azul de um papel não almaço
sem os contudos e tudo que têm sim serventia,
mas não servem à edificação de um holocausto.
Entretanto, sumiram os porventuras da nudez
excessivos de um amiúde fim de mês,
desdobrando assim aos pressupostos de uma fêmea
menstruada no eterno cal dos homens,
a prostração sobre o leito de um só hímen
no definhamento das sogras tão ferrenhas.

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