Poemas...

Poemas...
...nossas vidas não nos pertencem, e o que era biônico ontem é biônico hoje, no Pacote, não de Abril, mas de Janeiro a Dezembro. Mesmo assim tenho que vestir as vestes opacas do Estado, de chorar lágrimas de crocodilo, de fofocar sobre a ascensão de mais uma oligarquia, de ouvir menos Rachimaninov e curtir mais a tal Folia, e o mais cruel de tudo: resignar-me com a soberania do veredicto... (Anderson Costa)

terça-feira, 26 de julho de 2011

5.


À galope vou cavalgando a trotes largos
sobre as ossadas cadavéricas agora só anseios,
em mim somente sendo o ferimento árduo
proposto, sem o mamá-lo, desnorteados seios,
as mães e as madrastas a serem usurpadas
por emurchecidos filhos guiados junto ao relho,
ao menos pela cirrose às póstumas chupadas
laranjas só bagaços, quando eu fora o alheio,
dessa insuficiência renal um pouco consumada
sabendo sê-la do rim o nó em que nomeio
com todos os agnomes a ser de mó chamada
as patotas subalternas e a praxe que alteio,
findando os musses de pus, como fora findada
as vísceras vizinhas desse borrado asseio.

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